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O objetivo deste blog é discutir idéias, expor pontos de vista. Perguntar mais do que responder, expressar mais do que reprimir, juntar mais do que espalhar. Se não conseguir contribuir, pelo menos provocar.

terça-feira, 29 de abril de 2014

MENSALÃO AINDA SERÁ RECONTADO


Em uma de suas poucas manifestações públicas após o fim do julgamento do mensalão, o ex-presidente Lula disse que as decisões do Supremo Tribunal Federal no processo foram, em sua maior parte, políticas e não jurídicas. A afirmação foi feita numa entrevista realizada na última sexta (25) à TV portuguesa RTP e publicada neste domingo (27) no site da emissora.

"O tempo vai se encarregar de provar que o mensalão, você teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica. O que eu acho é que não houve mensalão. Eu também não vou ficar discutindo a decisão da Suprema Corte. Eu só acho que essa história vai ser recontada. É apenas uma questão de tempo, e essa história vai ser recontada para saber o que aconteceu na verdade."

Lula também disse que o "processo foi um massacre que visava destruir o PT, e não conseguiram". Na ação penal, Lula não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República, que não encontrou indícios para acusá-lo de qualquer crime. 

Nesta mesma entrevista, Lula fala sobre Copa do Mundo no Brasil, crise econômica e a reeleição de Dilma.

Mais detalhes desta entrevista no link do site G1:
 






 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

ERREI AO ESCOLHER MEU CURSO?

Transcrição do comentário de Max Gehringer para a rádio CBN sobre um ouvinte que estudou relações internacionais e não consegue um emprego na área: "Faz dois anos que me formei em Relações Internacionais. Nunca cheguei nem perto de conseguir um emprego nessa área. E o que é pior, nenhum de meus colegas de faculdade conseguiu. Sei disso porque mantemos um grupo em rede social que se comunica. Tenho aconselhado a quem pede a minha opinião, a não fazer Relações Internacionais. Estou certo?"

Em minha opinião, não. Você e seus colegas provavelmente conseguiram algum emprego que não conseguiriam se não tivessem o diploma de curso superior. Portanto, o curso serviu pelo menos para facilitar a entrada de vocês no mercado de trabalho.

Agora, se você olhar o organograma de empresas que mantém contato com empresas de outros países, verá que não existe um quadrinho de, por exemplo, especialista em relações internacionais. Esse conhecimento está embutido em todos os quadrinhos, como um adendo a qualquer função executada, como técnico, comprador, vendedor, economista ou contabilista. O curso, portanto, agrega valor quando se soma a uma especialização. Mas sozinho, não tem sustentação suficiente.

Isso significa que Relações Internacionais deveria ser visto mais como uma pós-graduação do que como uma graduação. Significa também que você e seus colegas deveriam considerar a possibilidade de fazer outro curso, superior ou técnico. Aí sim, o conhecimento de Relações Internacionais se tornaria um diferencial.

Em resumo, você não perdeu tempo fazendo o curso. Apenas o fez antes da hora.

 

Max Gehringer, para CBN em 14/04/2014.

terça-feira, 8 de abril de 2014

REELEIÇÃO A UMA PASADENA DE DISTÂNCIA

Por: Site MSN - GENEBRA - O governo dos Estados Unidos buscou garantias da parte de Dilma Rousseff em 2006, quando ela ainda era presidente do Conselho da Petrobrás, antes de dar o sinal verde para que a empresa brasileira comprasse uma refinaria em Pasadena. Telegramas confidenciais da diplomacia americana obtidas pelo grupo Wikileaks revelam reuniões e missões enviadas ao Brasil pela Casa Branca diante da possibilidade de que a estatal brasileira comprasse a refinaria americana. Outro consultado foi o ex-diretor internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, que está no epicentro da crise. Um dos telegramas de 12 de junho de 2006 é explícito em relação ao assunto já em seu título: “A Aquisição da Petrobrás da Pasadena Refining Systems”. O documento foi enviado pela embaixada americana em Brasília ao Departamento de Estado norte-americano e relata os encontros de ministros e delegações de Washington com autoridades nacionais, entre elas Dilma Rousseff.
 
Uma das preocupações se referia à atuação da Petrobrás concorrendo contra interesses americanos na América Latina e tirando proveito justamente do fato de que governos da região começavam em 2006 a nacionalizar investimentos americanos. O temor era de que esses governos, uma vez recuperado os ativos de empresas americanas, repassariam os investimentos para a Petrobrás. Em junho de 2006, uma missão encabeçada pelo secretário de Comércio do governo de George W. Bush viajou ao Brasil para debater essa situação. O governo americano queria garantias por parte da Petrobrás de que a empresa não iria ocupar o lugar deixado pelas empresas dos EUA depois que presidente Rafael Correa do Equador nacionalizou operações de petroleiras americanas no país.
 
O caso era considerado como chave para entender a posição da Petrobrás na região e a concorrência com os americanos. “A missão recebeu garantias de forma repetidas, de maneira mais proeminente durante a visita do Secretário de Comércio Gutierrez no dia 7 de junho com a chefe da Casa Civil do presidente Lula, Dilma Rousseff – que também atua como presidente do Conselho da Petrobrás – de que a Petrobrás não tem interesse em assumir os ativos da Occidental Petroleum’s Ecuador”, indica o telegrama. “Diante dessas garantias, feitas em nível ministerial, o posto acredita que o caso Occidental não deve ser um obstáculo para a proposta da Petrobrás para adquirir 50% da Pasadena Refining Systems (PRS)”, indicou o governo americano. “O posto não acredita que a aquisição da Petrobrás da PRS signifique um risco à segurança nacional”, indicou a embaixada americana, depois de citar o encontro com Dilma.
 
Cerveró: O governo americano também aponta para reuniões com o ex-diretor internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró. Ele foi o responsável pelo parecer técnico que baseou a decisão do Conselho de Administração da Petrobrás de comprar a refinaria, alvo de investigações. O encontro ocorreu no dia 26 de maio de 2006 no Rio de Janeiro. Washington queria saber de Cerveró se a Petrobrás estava interessada nos ativos nacionalizados pelo Equador. “Seria um má política para a Petrobrás minar sua relação com a Occidental assumindo seus ativos no Equador”, indicou Cerveró. A aquisição da refinaria nos EUA continuaria na agenda entre os dois países. Em 11 de setembro de 2006, o embaixador americano no Brasil se encontraria com o então presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli. “Gabrielli disse ao embaixador que, como parte de um esforço para aumentar suas exportações e ativos globais, a empresa planejava forte investimentos nos EUA”, disse o telegrama daquele dia. Segundo Gabrielli, a refinaria em Pasadena faria parte desse projeto e outra na Califórnia estaria sendo estudada pelo brasileiro. A meta era a de incrementar a produção mundial de barris por parte da empresa de 2,4 milhões por dia para 4,5 milhões em 2011.
 
Num telegrama de 30 de junho de 2008, diplomatas americanos relatam o encontro entre o então embaixador dos EUA no Brasli, Sobel, e o diretor internacional da Petrobrás, Jorge Luiz Zelada. O brasileiro apontava na ocasião como a empresa estava investindo US$ 5 bilhões nos EUA. “Zelada afirmou que a Petrobrás está tentando adquirir os outros 50% da refinaria Pasadena em Houston para a aliviar a pressão no que se refere à refinaria no Brasil”, indicou o documento. Entenda mais sobre a compra da refinaria (Fonte MSN):
 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

EU REAL

Durante uma conversa com um líder de uma organização, entramos no assunto sobre as representações, sendo que o líder em questão entendeu que cada pessoa é vista de maneira diferente pelas outras que estão ao seu redor. O estalo veio no momento em que ele se deu conta de que inclusive ele mesmo tem uma visão parcial de si. Esta conclusão o levou fazer uma pergunta realmente filosófica: “Se cada um tem uma representação sobre mim, inclusive eu mesmo, onde está o Eu Real?” Por alguns instantes fiquei observando o nascimento de uma pergunta filosófica de fato, depois fiz a mesma pergunta a mim mesmo. Para levar o leitor a fazer esta pergunta a você mesmo vamos construir a argumentação tal como o líder estabeleceu.
 
O ponto de origem da conversa foi a proposta de se melhorar como pessoa e como liderança, para tanto lhe foi proposto que observasse as referências externas como modo de se avaliar internamente. Em outras palavras, seria necessário escutar as queixas do pai no seu comportamento enquanto filho, também da sua mãe sobre o seu comportamento enquanto filho. De modo diferente deveria observar o que seu diretor fala sobre o seu papel de gerente, o que seu colaborador fala sobre seu papel como líder. Assim, a partir destas várias referências, observar o que precisa melhorar em cada um dos papeis. Ao que perguntou: “Mas como saber quem está falando algo que realmente precisa ser melhorado?”
 
A primeira dica sobre este aspecto é sempre ter mais de uma referência, observar várias pessoas e compor com elas a informação. Pode acontecer que ainda assim as informações não sejam fidedignas, não existe mágica. Uma segunda maneira de saber para qual informação dar crédito é ter pessoas específicas que lhe conhecem de longa data, estas pessoas podem ter maior clareza. Assim como a quantidade, a qualidade das pessoas também está suscetível ao erro. Com base nestas opções o líder ainda comentou que pode acontecer que a pessoa tenha clareza sobre si mesmo em cada um dos contextos e saiba o que precisa melhorar. Ainda assim podem haver erros, pois a representação que a pessoa tem de si mesmo pode estar incorreta. E agora? Então como ver o Eu Real?
 
Se você fosse falar quem você é, esse seria o seu eu real. No entanto esse mesmo eu não existe para os seus pais, para a sua esposa, para seus amigos, para seus sócios ou colaboradores. A realidade depende de cada um com quem convivemos, é o exemplo da pessoa com quem você trabalha oito horas por dia e que lhe “conhece” melhor que sua esposa. O que acontece é que ela tem muito mais tempo de convívio o que lhe permite ter mais informações para elaborar uma ideia a seu respeito. Não necessariamente esta ideia é verdadeira, mas é a conclusão a que ela chegou a respeito de quem você é. Mas então, voltando ao início, como saber o que melhorar se cada um tem uma ideia diferente a respeito de você?
 
As diferentes representações não mudam o fato de que existe uma realidade consensual na qual você está inserido. Um filho em uma família, um homem em uma cultura, um líder em uma organização, cada um destes papeis exercidos está inserido em um contexto. A partir do contexto em que está inserido vem a realidade consensual que serve de base para avaliar o que precisa melhorar. Enquanto líder, participando da realidade consensual de uma organização posso saber como me aprimorar. Como homem numa cultura ocidental também tenho os parâmetros de como posso melhorar. Os parâmetros consensuais unidos aos subjetivos são guias que podem mostrar como o Eu Real pode ser aperfeiçoado.
 
 
Por: Rosemiro A. Sefstrom - Criciúma/SC
Fonte: http://rosemirosefstrom.blogspot.com.br