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O objetivo deste blog é discutir idéias, expor pontos de vista. Perguntar mais do que responder, expressar mais do que reprimir, juntar mais do que espalhar. Se não conseguir contribuir, pelo menos provocar.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

GERAÇÃO "X" CHUTA O BALDE

Essa semana recebi um e-mail de despedida de uma amiga e parceira de trabalho. Ela vendeu sua parte na sociedade da empresa que ela mesma havia montado, anos atrás, para tirar um período sabático. Vai para a Europa estudar gastronomia e fotografia, suas duas paixões. Não é a primeira nem última amiga minha, por volta dos 35 anos, com uma carreira bem sucedida e vida estável, que toma essa decisão. Uns três anos atrás, um amigo próximo um dia disse adeus ao emprego que tinha. Todos ficaram meio surpresos. O cara trabalhava há mais de uma década em grandes empresas, era respeitado e tinha uma vida confortável no Rio de Janeiro. Mas encheu o saco. Resolveu estudar Gestalt, voltou pra Florianópolis – sua cidade natal – e abdicou de grande parte do conforto em busca do que o faria feliz de verdade. Ele nunca mais fez uma apresentação de power point na vida, usa o excel apenas para controlar seus gastos mensais e esbanja um brilho nos olhos toda vez que nos vemos.
Fato é que histórias como essas têm sido cada vez mais comuns na minha geração. Enquanto todos se preocupam com a urgência e ambição da Geração Y, a Geração X, imediatamente anterior, está repensando seus conceitos e valores. Fomos criados acreditando que uma vida feliz era falar línguas, fazer carreira, trabalhar a vida inteira numa ou duas grandes empresas, comprar o apartamento próprio, construir uma família para sempre e ir pra Disney (ou Paris) uma vez por ano. Uma vida estável e fixa, sem rompantes de aventura. Acontece que grande parte da Geração X chegou aos 30, 40 anos e descobriu que para juntar meio milhão e dar entrada, com sorte, num apartamento modesto que irá pagar até seus 60 anos, o caminho é longo e o preço é alto, bem alto. Os poucos que conseguem, heroicamente, conquistar seus bens e sonhos sem a ajuda dos pais, estão exaustos. Olham em volta e mal têm tempo de curtir os filhos ou as férias exóticas que sonham (e têm dinheiro para tirar) para a Tailândia, Marrocos ou Havaí. Há também aqueles que ficaram tão ocupados em conquistar aquilo que lhes foi prometido que deixaram para “daqui a pouco” os filhos, os hobbies e a felicidade e perceberam, agora, que “desaprenderam a dividir”.
No meio disso, veio essa sedutora mobilidade contemporânea, mostrando a nós o que nossos pais ainda não podiam nos ensinar, que é possível existir estando em qualquer lugar e que não é uma mesa de escritório ou um cartão de visitas que nos faz mais nobre, mas sim aquilo que de melhor podemos oferecer ao mundo. Só que descobrimos isso depois de passarmos grande parte da nossa juventude preocupados em nos sustentar, sermos bem sucedidos, conquistar prestigio e reconhecimento. Para, enfim, ter a liberdade de chutar o balde e sair por aí…

Fabiana Gabriel é jornalista, tem cartão de visitas, mas ainda não comprou sua casa própria, nem chutou o balde…
Fonte: http://revistacarneseca.com/a-geracao-x-esta-chutando-o-balde/

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

CREDIBILIDADE: CREDENCIAL PARA SER CHEFE

O caminho para uma chefia se inicia no primeiro minuto do primeiro dia do primeiro emprego. Vamos então começar com uma palavra que acompanhará uma carreira do princípio ao fim, não importe quantos anos a carreira irá durar: credibilidade.

O grau de sucesso de um profissional depende diretamente de quanto as pessoas acreditam nele. As carreiras empacam no exato ponto em que colegas ou superiores perdem essa confiança.

Mas é importante não confundir credibilidade apenas com sinceridade. Ser sincero é um dos pilares que sustentam a credibilidade, mas não é o único. Há outros dois.

O segundo é o pilar do conhecimento. É preciso que você demonstre que possui plenas condições técnicas para fazer o seu trabalho. E isso significa nunca deixar de estudar, de aprender, de se atualizar e se aperfeiçoar.

E o terceiro pilar é o da execução. O profissional adquire credibilidade ao fazer mais do que se espera dele, termos de tempo e de objetivos. Essa capacidade, de executar bem, é o que faz a fama de profissionais que dão a impressão de serem capazes de resolver qualquer problema que lhes for passado, e sem a necessidade de cobranças superiores durante o processo.

Finalmente, é bom ter em mente que ser um profissional com credibilidade não significa que todo mundo irá concordar com ele o tempo todo. E no início da carreira, pode ser que bem poucas pessoas estejam dispostas, sequer, a escutá-lo. Por isso, e para começar a merecer a confiança geral, ele deve começar prestando muita atenção ao terceiro pilar, o da execução, porque é o mais fácil de ser avaliado com dados concretos.



Max Gehringer, para CBN, 05/02/2015.