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O objetivo deste blog é discutir idéias, expor pontos de vista. Perguntar mais do que responder, expressar mais do que reprimir, juntar mais do que espalhar. Se não conseguir contribuir, pelo menos provocar.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

ERREI AO ESCOLHER MEU CURSO?

Transcrição do comentário de Max Gehringer para a rádio CBN sobre um ouvinte que estudou relações internacionais e não consegue um emprego na área: "Faz dois anos que me formei em Relações Internacionais. Nunca cheguei nem perto de conseguir um emprego nessa área. E o que é pior, nenhum de meus colegas de faculdade conseguiu. Sei disso porque mantemos um grupo em rede social que se comunica. Tenho aconselhado a quem pede a minha opinião, a não fazer Relações Internacionais. Estou certo?"

Em minha opinião, não. Você e seus colegas provavelmente conseguiram algum emprego que não conseguiriam se não tivessem o diploma de curso superior. Portanto, o curso serviu pelo menos para facilitar a entrada de vocês no mercado de trabalho.

Agora, se você olhar o organograma de empresas que mantém contato com empresas de outros países, verá que não existe um quadrinho de, por exemplo, especialista em relações internacionais. Esse conhecimento está embutido em todos os quadrinhos, como um adendo a qualquer função executada, como técnico, comprador, vendedor, economista ou contabilista. O curso, portanto, agrega valor quando se soma a uma especialização. Mas sozinho, não tem sustentação suficiente.

Isso significa que Relações Internacionais deveria ser visto mais como uma pós-graduação do que como uma graduação. Significa também que você e seus colegas deveriam considerar a possibilidade de fazer outro curso, superior ou técnico. Aí sim, o conhecimento de Relações Internacionais se tornaria um diferencial.

Em resumo, você não perdeu tempo fazendo o curso. Apenas o fez antes da hora.

 

Max Gehringer, para CBN em 14/04/2014.

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