Texto transcrito do comentário de Max Gehringer para CBN. Ouvinte envia a seguinte pergunta ao programa: "Éramos cinco funcionários em meu setor, mas a empresa reduziu para três. Isso já faz dois meses e estamos pensando em falar com nosso superior sobre um possível reajuste, já que agora somos três fazendo o trabalho de cinco. Você concorda que temos motivos justos para pleitear esse reajuste?"
Sim, eu concordo que quem trabalha mais, merece ganhar mais. Porém, permita-me esclarecer a diferença entre o que é justo e o que é legal.
Ao assinar um contrato de trabalho, o empregado se coloca à disposição da empresa oito horas por dia. Como o contrato estabelece o tempo e a remuneração, mas não o volume de trabalho, entende-se que o funcionário executará todas as tarefas possíveis de serem feitas nessas oito horas.
Ao conversar com o seu superior, vocês três poderão ouvir dele os seguintes argumentos:
Primeiro: havia certa ociosidade quando vocês eram cinco e agora ela foi eliminada.
Segundo: o volume de trabalho diminuiu em função da crise e o quadro de pessoal foi ajustado.
Terceiro: vocês, de fato, estão tendo que trabalhar mais, mas a situação difícil não permite reajustes.
Ou seja, no fim das contas, a resposta será: não!
Mesmo assim, eu sugiro que vocês falem com o seu superior e apresentem os seus argumentos. Se ele pender para o lado da lei, ele estará certo. Agora, se ele for compreensivo e olhar também para o lado do que é justo, pode ser que vocês recebam algum reajuste. Logo, vocês não perdem nada ao falar com ele. A não ser, talvez, um pouco de tempo, que agora ficou mais escasso.
Max Gehringer, para CBN.
Fonte: http://estou-sem.blogspot.com.br/2015/09/podemos-pedir-um-reajuste-apos-demissao.html
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