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O objetivo deste blog é discutir idéias, expor pontos de vista. Perguntar mais do que responder, expressar mais do que reprimir, juntar mais do que espalhar. Se não conseguir contribuir, pelo menos provocar.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

LULA ENSINA PT A SE PORTAR NA REDE

Em vídeo divulgado na sua conta no Facebook, Lula criticou “o jogo rasteiro da “calúnia” na internet. Lecionou: “Quando você calunia, você não politiza, você não educa, não produz um fruto.'' Declarou-se a favor de “responsabilizar as pessoas que usam a internet” inadequadamente. Torça-se para que os companheiros do PT ouçam o grande líder. Basta acompanhar os movimentos da infantaria do partido de Lula na web para não acreditar mais em paz no Oriente Médio. Na sua penúltima incursão, a tropa atirou contra o ex-aliado Eduardo Campos na página oficial do PT no mesmo Facebook.
 
Num texto intitulado “A balada de Eduardo Campos'', o amigo de Lula foi tachado de “tolo'' e “playboy mimado''. A ex-petista Marina Silva, abrigada no PSB depois que a brigada inviabilizou a criação da Rede, foi chamada de “vaidosa” e de adepta do “adesismo puro e simples.” Como se vê, Lula tem muito a ensinar ao partido de Lula.
 
 
Fonte: Blog Espaço Aberto
 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

SENADORES TEMEM TERRORISMO NA COPA

Recebi do dedicado aluno José Cácio, o texto do site Folha Política, projeto de lei de autoria dos senadores Marcelo Crivella (PRB/RJ), Ana Amélia (PP/RS) e Walter Pinheiro (PT/BA), o PL 728/2011, cuja votação está sendo apressada no Congresso, prevê limitações ao direito à greve, além de considerar atos de manifestações, sob determinadas circunstâncias, terrorismo.
 
O texto do site Folha Política explica o que os Senadores estão propondo. É até interessante, mas como o blog leva meu nome e penso ser este um espaço para opiniões, de meu ponto de vista, tal lei só vem consolidar uma percepção que tenho de que somos o País das Leis, porém da impunidade: Essa é nova concorda? Sempre esbarramos, e esta lei será outro exemplo de como colocá-la em prática. Leia abaixo a lei e pense em sua execução. Com certeza veremos outra vez a incapacidade, pior... incompetência, (e sem entrar no mérito da 'falta de 'exemplo') do poder público de fiscalizar e de efetivamente "encarcerar" os patifes que merecem ficar 20 ou 30 anos na cadeia para purificar a sociedade das práticas de vandalismo à coisa pública. Terrorismo pra mim é o que certas siglas partidárias fizeram com a consciência política de nossa nação.
 
Dizem que vivemos numa democracia. Semana passada eu almocei com o Coelho da Páscoa e ele disse que está pronto para o feriadão de Abril.
 
Segue o texto na íntegra. Boa leitura.
 
 
De acordo com a ementa - parte do texto em que se resume a proposta: O projeto define crimes e infrações administrativas com vistas a incrementar a segurança da Copa das Confederações FIFA de 2013 e da Copa do Mundo de Futebol de 2014, além de prever o incidente de celeridade processual e medidas cautelares específicas, bem como disciplinar o direito de greve no período que antecede e durante a realização dos eventos, entre outras providências".
 
Dispõe o art. 4º:"
Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial, étnico ou xenófobo: Pena – reclusão, de 15 (quinze) a 30 (trinta) anos.
 
§ 1º Se resulta morte:
Pena – reclusão, de 24 (vinte e quatro) a 30 (trinta) anos.
§ 2º As penas previstas no caput e no § 1º deste artigo aumentam-se de um terço, se o crime for praticado:
I – contra integrante de delegação, árbitro, voluntário ou autoridade pública ou esportiva, nacional ou estrangeira;
II – com emprego de explosivo, fogo, arma química, biológica ou radioativa;
III – em estádio de futebol no dia da realização de partidas da Copa das
Confederações 2013 e da Copa do Mundo de Futebol;
IV – em meio de transporte coletivo;
V – com a participação de três ou mais pessoas.
 
§ 3º Se o crime for praticado contra coisa: Pena – reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos.
§ 4º Aplica-se ao crime previsto no § 3º deste artigo as causas de aumento da pena de que tratam os incisos II a V do § 2º.
§ 5º O crime de terrorismo previsto no caput e nos §§ 1º e 3º deste artigo é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia".
 
Neste ponto, cabe ressaltar a abertura do tipo penal, de forma que muitas condutas podem ser nele enquadradas. O fechamento de uma via pode ser considerado privação da liberdade de pessoa, considerando-se que a mesma terá, em certa medida, sua liberdade de ir e vir cerceada por uma manifestação que bloqueie uma via de acesso?
 
Como motivação ideológica ou política, pode-se enquadrar a aversão a possíveis gastos excessivos e a à corrupção e ao superfaturamento ocorrido nas obras voltadas aos citados eventos esportivos? Por que a motivação ideológica, justificativa apresentada para tais atos, deveria constituir um agravante, isto é, algo que enquadre a conduta no tipo penal?
O que seria considerado" infundir terror ou pânico generalizado "? Seria possível enquadrar manifestações de enorme vulto, que somem centenas de milhares de pessoas contrárias a determinado evento, atrapalhando a sua realização ou, indiretamente, coibindo a presença de pessoas no mesmo?
 
Caso, em manifestações pacíficas, alguns sujeitos, inclusive infiltrados por opositores aos protestos, iniciem depredações, haverá uma preocupação em distinguir participantes pacíficos? Em que medida esta lei poderá causar medo entre ativistas, considerando-se que, caso estejam em uma manifestação legítima e pacífica, poderão ser"envolvidos"em crimes que poderão atingir pena de até 30 anos?
 
Na justificativa, está escrito que “a tipificação do crime ‘Terrorismo’ se destaca, especialmente pela ocorrência das várias sublevações políticas que testemunhamos ultimamente, envolvendo nações que poderão se fazer presente nos jogos em apreço, por seus atletas ou turistas”. Conforme o dicionário Michaelis, define-se sublevação como “incitar à revolta, insurrecionar, revolucionar [...] revoltar-se”.
 
Há discussões jurídicas quanto à violação do artigo 5º inciso XVI da CF de 1988, o qual afirma que:"todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente".

Ademais, critica-se a desproporcionalidade da punição ao" vandalismo ", o qual, ainda que reprovável, poderia acarretar sanção superior à cabível ao crime de homicídio, punível com pena de 6 a 20 anos.
 
Cabe a reflexão.
 
Por Felipe Garcia - Folha Política

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

UMA ODISSÉIA EM GUARULHOS

Sabem aquela expressão "imaginem na Copa!", que alguém solta quando vê a bagunça, o tumulto, a desinformação generalizadas por aqui, seja no trânsito, seja no aeroportos, seja em qualquer lugar, sobretudo nas cidades-sedes do Mundial?
Pois é. Passageiros que estavam na fila internacional do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na última sexta-feira, disseram isso várias vezes.
 
Dois leitores do blog ESPAÇO ABERTO estavam lá. O redator publicitário publicitário Marcos Cangiano e sua namorada. Apenas ela viajaria para o exterior. Mas ambos - e trocentos outros que estavam na fila quilométrica -  testemunharam a bagunça. Acompanhem, abaixo, o relato do Marcos, que também mandou a foto:
 
O que passamos hoje (eu e Laís) é um retrato fiel do quanto podemos não nos orgulhar enquanto nação. Porque, analisando a fundo, falhamos muito neste sentido. Uma ida ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, por si só já é uma aventura. São cerca de 25 km do centro da cidade - seguindo o padrão da maioria das capitais cosmopolitas, onde o aeroporto fica em regiões periféricas. A grande diferença é a variedade e a qualidade dos meios de transportes disponíveis. Em SP temos três possibilidades para chegar até lá: de carro próprio ou carona de um valente jesuíta, de táxi (em média R$ 90 do centro) e com o Ônibus Airport Service (por volta de R$ 30) que parte de diversos pontos da cidade. De outras cidades já em estágios avançados de desenvolvimento, quase todas possuem uma linha de trem ou metrô que sai de dentro do terminal e chega ao centro da cidade, normalmente em 30 minutos. Além, é claro, das opções que nos já temos.
 
Eu me questiono sobre o porquê de ainda não termos a tal da Linha Branca do metrô até o aeroporto, prometida para a Copa 2014. Por que o drama que passamos no trânsito a caminho de lá não existiria se houvesse essa linha, que não será entregue a tempo. Foram 2h30 para sair da Rua da Consolação e chegar até Guarulhos, em um trecho que leva 20 minutos em dias sem trânsito. Que, aliás, estava especial. Juntamos temporais na cidade, com pessoas indo viajar, voltando para suas casas e a quantidade pornográfica de carros na rua. Sem falar das faixas exclusivas para os ônibus - que eu acho ser um caminho interessante para resolver alguma parte da questão da mobilidade urbana por aqui -, que ainda vão demorar a surtir o efeito esperado. Não, o paulistano não deixou o seu carro em casa. Porque ele não tem ainda um transporte público de qualidade, rápido, confortável e que garanta a sua segurança. Não, ele prefere a segurança de seu automóvel, muitas vezes sozinho, a se arriscar nas ruas aonde se assassinam homossexuais por puro sadismo e um preconceito escabroso. A nossa babilônia esta cada vez mais "de pau duro". E, dos lados lá do Planalto, diminui-se o imposto sobre os automóveis.
 
Pois bem, chegando a Guarulhos, a típica dificuldade em se achar uma vaga - que está melhorando, sejamos justos, com um novo edifício-garagem parte do projeto de modernização da área e do futuro terminal 3. Para fazer o check in, filas intermináveis e falta de informação clara. Corredores abarrotados e sem esteiras rolantes, que ajudam na troca rápida de terminais. O aeroporto de Schiphol, em Amsterdam (HOL), possui várias, indispensáveis na hora de uma conexão rápida.
 
Pois bem, feito o despacho das bagagens, o funcionário da American Arlines gentilmente nos alerta para o embarque imediato (faltando 1h30 para a decolagem), pois a fila internacional era enorme e eles não passariam ninguém na frente. Quando perguntei a ele se não era possível uma ajuda da companhia aérea, por conta do horário apertado, ele me respondeu: "Se a gente vai lá, os policiais federais tomam o nosso crachá". Me pergunto em qual lei ou direito eles se baseiam para cometer esse tipo de arbitrariedade. Feito isso, vamos até a fila e o choque: um mundarel de gente esperando para passar pelo controle de passaportes. A fila fazia 5 voltas, indo e voltando, e lá haviam no mínimo umas 500 pessoas, sendo bem pessimista.
 
Era uma desorganização vergonhosa. Enquanto a Laís esperava a sua vez chegar (apenas ela embarcaria), fiquei de olho nos "operadores de fila", aqueles aspones pobre-coitados. Nenhum e nenhuma falavam uma palavra em outro idioma. Oras, estamos no embarque internacional, espera-se pessoas de outras nacionalidades embarcando por ali, certo? Dito e feito, vários deles, vendo o caos, ficavam desesperados pedindo ajuda para embarcar preferencialmente, procedimento de praxe em qualquer aeroporto sério. Os bedéis apenas davam de ombros, diziam "não entender" e mandavam os pobres para o final da fila. Só eu ajudei ao menos uns 6 com orientações, pois por sorte falo inglês. Sorte mesmo. A Copa do Mundo é quando mesmo? Estava até o tal marido da Fernanda Lima (alô Fifa!), o Rodrigo Hilbert, esperneando no balcão de informações. Pegou a fila como todo mundo, além de tirar umas fotos com as fãs.
 
Tenho certeza que muita gente perdeu seu voo ontem à noite. O que fazer? Hotel no aeroporto? Imagina. Apenas um da Marriot, um tanto quanto distante, sendo necessário um carro para ir até lá. Por sorte a Laís conseguiu embarcar, não sem antes passar por mais aperto e falta de orientação e organização na sala de embarque - precisando inclusive pegar o "busão" que leva até a aeronave. Fingers? Conforto?
 
A minha conclusão dessa história toda é que, somado ao recente aumento do imposto sobre a compra de moeda estrangeira (desta vez nos cartões de viagem) o governo também pretendo dificultar a viagem para o exterior já na alfândega, diminuindo a quantidade de oficiais. O processo torna-se estressante, cansativo e frustrante. Tem gente a pensar duas vezes antes de sair de Terra Brasílis. É claro que é preciso considerar que estamos em um período de férias, é natural que o aeroporto lote. O que não é natural é o descaso e a falta de informação gritante da equipe do aeroporto e a moleza da Polícia Federal, que aliás é bem eficiente na hora da chegada, quando garantem os iPhones e PlayStations da criançada, apreendidos todos os dias de quem não quer ser taxado em até 70% sob o valor do produto.
 
Vamos mal. E 2014 já chegou.
 
Fonte: Blog Espaço Aberto

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

ESTÉTICA OU EFICIÊNCIA?

Transcrição do comentário de Max Gehringer para a rádio CBN sobre um ouvinte que tem uma secretária muito eficiente, mas que se veste mal. 
Um ouvinte escreve: "Sou profissional liberal e tenho uma secretária que está comigo há muitos anos. Ela é tremendamente eficiente, mas se veste muito mal. Os clientes fazem elogios a ela quando são atendidos por telefone, mas ficam com uma péssima impressão quando a conhecem pessoalmente. Já cheguei a conversar com ela, até meio constrangido, mas o resultado foi nenhum. O que faço? Se a demito, perco uma excelente profissional. Se a mantenho, tenho que continuar tentando explicar a meus clientes o que há de errado com ela."

Bom, vamos lá. Você pode estar diante de uma pessoa com elevada autoestima profissional e baixa autoestima pessoal. Ou pode estar diante de uma pessoa rara nos dias atuais: uma mulher que descrê da célebre frase de que imagem é tudo.

O que posso lhe sugerir, para começar, é oferecer a ela um curso como prêmio pelo ótimo desempenho dela. Um desses cursos somente para secretárias, no qual a sua encontrará outras mulheres que fazem o que ela faz, mas que capricham no visual no dia a dia, e mais ainda quando sabem que vão encontrar outras secretárias e as comparações serão inevitáveis.

Esse choque de realidade costuma funcionar. Mas, se não tiver qualquer resultado no caso de sua secretária, minha sugestão é que você a mantenha e não tente mais mudá-la. Entre o visual e a eficiência, imagino que o seu negócio dependa muito mais do trabalho bem feito do que da impressão dos clientes.


Max Gehringer, para CBN, 03/01/2014.


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

ELOGIO DA SINGULARIDADE


O homem, o que é? Diariamente o homem é definido, ora é um animal dotado de razão, dali a pouco já é um bárbaro que destrói o ambiente em que vive. Qual conceito seria o mais adequado para definir o homem? O foco está na palavra “conceito”, palavra de origem grega que define todo processo de descrição, classificação e previsão dos objetos do conhecimento. Conceituar o homem quer dizer descrevê-lo, classificá-lo e ter certa previsão sobre ele. Será que isso é possível? Olhe para o lado: você convive com várias pessoas no seu dia-a-dia. Pense na pessoa que você mais “conhece” e depois tente descrevê-la. Depois de descrever tente classificá-la, como seria? Boa, má, otimista, pessimista, inteligente, ignorante, quais seriam as classes que caberiam a ela, ou seria necessário criar classes para ela? Por fim, tente prever os comportamentos desta pessoa. Talvez reconheça que em alguns casos até mesmo coisas básicas não são previsíveis. Como se pode arrogar o direito de tentar definir conceitualmente o homem?

Quem sabe seja muito difícil definir o outro. Tente então conceituar a si mesmo, descrever-se, classificar-se e prever seus próprios comportamentos. Há uma gama vasta de pessoas que se espantam consigo mesmas, admiram o próprio comportamento, não sabiam que eram capazes. Como então, seria possível que eu, que não consigo conceituar a mim mesmo tenho a pretensão de conceituar todos os outros que estão ao meu redor? Um dos grandes exemplos desta dificuldade está em conceituar Deus: o que é? Quem é? Como conceituar? Vários filósofos tentaram conceituar Deus e tiveram sérios problemas, perceberam que a complexidade é muito maior que a capacidade humana de entendimento. Será que o ser humano também não é muito mais do que se tenta conceituar? Bom, mau, pecador, santo, humilde, soberbo, são todos conceitos atrelados a comportamentos e não a pessoas.

Não há nada de mau em um conceito, o problema está em ligar um conceito a uma pessoa. Quando você pega um conceito e liga-o a uma pessoa está personalizando um conceito, tornando-o palpável. A partir deste momento aquele conceito, avarento, por exemplo, passa a ser a própria pessoa e não seu comportamento. Por isso não é recomendável dizer: “Fulano é avarento”. Ao conceituar a pessoa como avarenta ela pode ser descrita como avarenta, ser classificada como avarenta e ser previsível como avarenta. O ser humano foi reduzido ao comportamento de juntar dinheiro, avarento é um adjetivo, ou seja, um atributo do substantivo. De comportamento pode-se levar para outras áreas, em alguns lugares pelo mundo o homem é reduzido à sua crença, em outros reduzido a sua cor de pele. Aqui, em nossa região o homem pode ser reduzido ao carro que tem na garagem, à casa que tem na praia ou não tem, às roupas que veste.

Cada ser é único, “inconceituável”, não é possível, por mais tempo e conhecimento que se tenha, conceituar um ser humano, quem dirá “o” ser humano. Alguns filósofos, algumas correntes filosóficas tentaram conceituar o ser humano, muitos acharam ter conseguido completar tal tarefa. Mas, ainda hoje, dois mil e quinhentos anos depois do início da trajetória o homem ainda não foi conceituado adequadamente, um dia talvez. Ao olhar para seu filho, não o conceitue, classifique ou tente prever seu comportamento, ao contrário, tente se aproximar, conhecer e, quem sabe um dia, você verá seu filho. O conceito é uma sombra nebulosa que cobre o ser e quanto mais forte for o conceito, menos se verá o ser.
 
 
Por: Rosemiro A. Sefstrom
Fonte: http://rosemirosefstrom.blogspot.com.br


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

DIVIRTA-SE COM O IR 2014

A nova tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física foi corrigida em 4,5% e está vigorando desde o dia 1º. As deduções serão feitas nos salários que serão pagos a partir de 2014 e valem para a declaração de Imposto de Renda de 2015. Na declaração que deverá ser feita neste ano (2014), será usada a tabela de 2013.De acordo com a tabela da Receita Federal, estará isento do imposto quem ganhar até R$ 1.787,77, por mês. A alíquota de 7,5% valerá para quem ganha entre R$ 1.787,78 e R$ 2.679,29. De R$ 2.679,30 a R$ 3.572,43, a alíquota é 15%. A alíquota de 22,5% vai incidir nos salários de R$ 3.572,44 até R$ 4.463,81. E a alíquota de 27,5% é para quem ganha acima de R$ 4.463,81 por mês.
 
De acordo com informação da Agência Brasil, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal alertou mais uma vez sobre a defasagem entre a Tabela do Imposto de Renda Pessoa Física e a inflação, que fechou o ano em 60%.
 
Segundo o sindicato, várias pessoas que eram isentas, por ganhar menos, passaram a pagar o imposto. Por conseguinte, terão que fazer a declaração para ter o direito à restituição, conforme as normas da receita. Também está em vigor a nova tabela de IRPF sobre o valor percebido pelos trabalhadores a título de participação nos lucros das empresas (PLR).
 
A tabela é progressiva, e consta da instrução normativa publicada hoje (02/01/14) no Diário Oficial da União (DOU). Para o ano-calendário de 2014, estão isentos do Imposto de Renda, os valores de PLR de até R$ 6.270,00. A partir de R$ 6.270,01 até R$ 9.405,00 a alíquota do IR será de 7,5%, com parcela a deduzir de R$ 470,25. De R$ 9.405,01 a R$ 12.540,00, a alíquota será de 15% e a parcela a deduzir, R$ 1.175,63. De R$ 12.540,01 até R$ 15.675,00, a alíquota é de 22,5% e a parcela de dedução, R$ 2.116,13. Acima de R$ 15.675,00, a alíquota do imposto é de 27,5%, com parcela a deduzir de R$ 2.899,88.
 
 
Fonte: Agência Brasil - 02/01/2014

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

UM NOVO CALENDÁRIO

Comentário de Max Gehringer sobre o ano novo e a história dos calendários:
 
Embora o resto do universo ignore tal fato, no minúsculo planeta Terra celebra-se hoje o início de mais um ano. Não no planeta inteiro, mas apenas nos países que adotam o calendário gregoriano.

Por milênios a fio, ninguém no mundo sabia em que dia um ano terminava e outro começava. E ninguém estava lá muito preocupado com isso.

Os romanos, entretanto, decidiram que o ano deveria começar em janeiro. Não havia um bom motivo para justificar essa mudança, já que até então o ano começava em março e ninguém estava reclamando. Supõe-se que o fato tenha ocorrido ali pelo ano 150 antes de Cristo, mas ninguém sabe ao certo.

No ano 46 da era cristã, o imperador Júlio César resolveu adotar um novo calendário. E a partir daí, o primeiro de janeiro ficou institucionalizado. Exceto nos países britânicos, que sempre foram meio teimosos e só concordariam com a mudança mais de 1700 anos depois.

Júlio César era tão importante que o senado romano decretou que o mês Quintilho passaria a ter o nome de Julho. E seu sucessor, o imperador Augusto, ficou com inveja e mudou o nome do mês seguinte, Sextilho, para Agosto. Mas como seu mês tinha um dia a menos, Augusto transferiu um dia de fevereiro para agosto, igualando a conta.

Portanto, o que hoje se celebra é apenas uma convenção, feita de poder, vontades e vaidades, como no mundo corporativo.

Qualquer dia pode ser o início de um novo e iluminoso ciclo, para quem decida que assim será, para sua própria existência ou para sua carreira profissional. Poderia até ser hoje. Mas, como estamos no Brasil e hoje é feriado, é melhor deixar para pensar nisso amanhã.

Max Gehringer, para CBN - 01/01/2014.