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O objetivo deste blog é discutir idéias, expor pontos de vista. Perguntar mais do que responder, expressar mais do que reprimir, juntar mais do que espalhar. Se não conseguir contribuir, pelo menos provocar.

domingo, 29 de maio de 2016

CONTRA OS COMISSÁRIOS DA IGNORÂNCIA

O que é conservadorismo? Tratar o pensamento político conservador (“liberal-conservative”) como boçalidade da classe média é filosofia de gente que tem medo de debater ideias e gosta de séquitos babões, e não de alunos. Proponho a leitura de “Conservative Reader” (uma antologia excelente de textos clássicos), organizada pelo filósofo Russel Kirk. Segundo Kirk, o termo começou a ser usado na França pós-revolucionária. Edmund Burke, autor de “Reflexões sobre a Revolução na França” (ed. UnB, esgotado), no século 18, pai da tradição conservadora, nunca usou o termo. Tampouco outros três pensadores, também ancestrais da tradição, os escoceses David Hume e Adam Smith, ambos do século 18, e o francês Alexis de Tocqueville, do século 19. Sobre este, vale elogiar o lançamento pela Record de sua biografia, “Alexis de Tocqueville: O Profeta da Democracia”, de Hugh Brogan. 

Ainda que correta a relação com a Revolução Francesa, a tradição “liberal-conservative” não é apenas reativa. Adam Smith, autor do colossal “Riqueza das Nações”, fundou a ideia de “free market society”, central na posição “liberal-conservative”. Não existe liberdade individual e política sem liberdade de mercado na experiência histórica material. A historiadora conservadora Gertrude Himmelfarb, no seu essencial “Os Caminhos para a Modernidade” (ed. É Realizações), dá outra descrição para a gênese da oposição “conservador x progressista” na modernidade. Enquanto os britânicos se preocupavam em pensar uma “sociologia das virtudes” e os americanos, uma “política da liberdade”, inaugurando a moderna ciência política de fato, os franceses deliravam com uma razão descolada da realidade e que pretendia “refazer” o mundo como ela achava que devia ser e, com isso, fundaram a falsa ciência política, a da esquerda. Segundo Himmelfarb, uma “ideologia da razão”. O pensamento conservador se caracteriza pela dúvida cética com relação às engenharias político-sociais herdeiras de Jean-Jacques Rousseau (a “ideologia da razão”). Marx nada mais é do que o rebento mais famoso desta herança que costuma “amar a humanidade, mas detestar seu semelhante” (Burke). O resultado prático desse “amor abstrato” é a maior engenharia de morte que o mundo conheceu: as revoluções marxistas que ainda são levadas a sério por nossos comissários da ignorância que discutem conservadorismo na cozinha de suas casas para sua própria torcida.

Outro traço desta tradição é criar “teorias de gabinete” (Burke), que se caracterizam pelo seguinte: nos termos de David Hume (“Investigações sobre o Entendimento Humano e sobre os Princípios da Moral”, ed. Unesp), o racionalismo político é idêntico ao fanatismo calvinista, e nesta posição a razão política delira se fingindo de redentora do mundo. Mundo este que na realidade abomina na sua forma concreta. A dúvida conservadora é filha da mais pura tradição empirista britânica, ao passo que os comissários da ignorância são filhos dos delírios de Rousseau e de seus fanáticos. No século 20, proponho a leitura de I. Berlin e M. Oakeshott. No primeiro, “Estudos sobre a Humanidade” (Companhia das Letras), a liberdade negativa, gerada a partir do movimento autônomo das pessoas, é a única verdadeira. A outra, a liberdade positiva (abstrata), decretada por tecnocratas do governo, só destrói a liberdade concreta. Em Oakeshott, “Rationalism in Politics” (racionalismo na política), os conceitos de Hume de hábito e afeto voltam à tona como matrizes de política e moral, contra delírios violentos dos fanáticos da razão.

No 21, Thomas Sowell (contra os que dizem que conservadores americanos são sempre brancos babões), “Os Intelectuais e a Sociedade” (É Realizações), uma brilhante descrição do que são os comissários da ignorância operando na vida intelectual pública. Conservador não é gente que quer que pobre se ferre, é gente que acha que pobre só para de se ferrar quando vive numa sociedade de mercado que gera emprego. Não existe partido “liberal-conservative” no Brasil, só esquerda fanática e corruptos de esquerda e de direita.


Por Luiz Felipe Pondé
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/contra-os-comissarios-da-ignorancia/

sábado, 28 de maio de 2016

ALUNOS REALIZAM AÇÃO SOCIAL

Na tarde do último domingo dia 22/05, os alunos da 4ª fase de Administração com Habilitação e Comércio Exterior (COMEX) realizaram ação social com visita ao Asilo São Vicente de Paulo. A ação foi organizada pelo Prof. André Paes Topanotti como parte das atividades da matéria de Administração de Recursos Humanos. No desenvolvimento da disciplina, os alunos foram encorajados pelo professor a arrecadarem fraldas geriátricas para posterior doação ao Asilo. O objetivo da ação e da visita foi vivenciar a prática de ações de cidadania, voluntariado e responsabilidade social, no âmbito das organizações.

Na oportunidade os alunos foram recepcionados pela Sra. Michele, Assistente Administrativa do ASVP, que mostrou aos alunos as dependências do asilo e toda sua infraestrutura. Durante o período de visita os internos receberam o carinho e a atenção dos alunos, que ficaram impressionados com a alegria e as histórias contadas pelos idosos e idosas. Até música ao vivo com violão foi proporcionado por alguns alunos e alunas.

Segundo alguns acadêmicos "foi muito importante conhecer de perto a estrutura deste que é um exemplo de instituição filantrópica da nossa cidade. Moramos aqui, sabemos que ele realiza um trabalho fantástico, mas não conhecemos sua realidade. Não tínhamos a noção de fato do tamanho do trabalho realizado."

A Aluna Ana Paula Xavier resumiu bem o sentimento da turma: "Quando formos idosos, nada mais seremos do que pequenas crianças num corpo frágil cheio de sabedoria e experiencia.

"A cada vez que visito o Asilo São Vicente me emociono. Hoje muito mais com a reação dos alunos ao vivenciarem o contato com os idosos, do que propriamente com os internos. É fundamental que nossos futuros administradores e gestores levem para dentro das organizações um modelo de gestão que humanize as relações entre as pessoas. Experiências como esta nos fazem refletir sobre nossos propósitos e sobre a contribuição que desejamos dar à sociedade. É gratificante perceber que os acadêmicos percebem esta necessidade e engajam-se de coração em iniciativas como esta. A turma da 4a fase de COMEX está de parabéns." (Profº André Topanotti).


Por André P. Topanotti - Criciúma, 28/05/2016.

VISITA TÉCNICA À JB ENTRETENIMENTOS

Na última sexta feira, dia 13/05, os alunos da 3ª fase de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos visitaram à área de Desenvolvimento Humano e Organizacional da JB Entreternimentos S/A, mantenedora do Parque Beto Carreiro World. A visita foi organizada pelo Prof. Msc André Paes Topanotti, e contou com a participação de alunos da Pós Graduação em Gestão de Pessoas - Foco em Coaching.

Na oportunidade os alunos foram recepcionados pelo Sr. Carlos Roberto Farias Junior, responsável pelas ações da área de Desenvolvimento Humano e Organizacional do parque. Foi uma manhã de palestras que apresentaram aos alunos a história do empreendimento, sua visão, missão e valores. Também foi abordado aspectos como a 
missão da área 
de gestão de pessoas, suas principais estratégias nas atividades de recrutamento & seleção, benefícios & remuneração, e treinamento & desenvolvimento de pessoas. Os programas de formação e desenvolvimento de ​líderes e como a área de Gestão de Pessoas auxilia e conduz a gestão da mudança na organização e as ferramentas ​organizacionais que promovem e garantem a "memória organizacional", no tocante a gestão da aprendizagem e do conhecimento também foram abordadas pelo Sr. Carlos.

Segundo Carlos, "um dos sucessos do Parque Beto Carrero é que nós vivemos este lugar com muita intensidade. Muitos de nós que atuam na área administrativa atuamos como artistas também. Eu mesmo iniciei como funcionário temporário à mais de 8 anos, fui efetivado e comecei trabalhando em alguns shows. Só depois fui promovido à área de DHO. Hoje sempre que posso participo de alguns shows e treino os novos funcionários inserindo eles em atuações nas nossas programações artísticas."

Na parte da tarde os alunos puderam desfrutar da estrutura do Parque e passaram momentos de integração emocionantes. "Foi muito bom ter participado da palestra pela manhã, e no período da tarde poder verificar que tudo aquilo que eles falam, realmente acontece na prática", declarou a aluna Julia Silvano Pereira da 3ª Fase do Curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos.

"Como educador, foi gratificante ver o empenho, dedicação e a emoção nos olhos de cada aluna(o) ao perceber como eles rapidamente olharam o parque pelo prisma de um gestor de pessoas em um negócio diferenciado como o de entretenimento"  declarou Profº André Topanotti.


Por André P. Topanotti - Criciúma, 28/05/2016.