Foi convencionalmente acordado que as relações acontecem por amor, que um homem e uma mulher se encontram em certa etapa da vida e depois de se apaixonarem acabam por construir o amor que será a base do seu relacionamento. Isso é o que conta uma lenda, praticamente um mito, pois cada pessoa tem uma definição de amor que dificilmente é correspondida na relação. A intenção não é argumentar contra ou provar a inexistência do amor, mas mostrar que o amor não é assim tão comum quanto se pensa. Em alguns casos, há algo um tanto diferente de amor: a dependência. Algumas vezes amor e dependência podem ser exatamente a mesma coisa, ou talvez não.
Num consultório filosófico diversas vezes se recebe pessoas que sofrem de profundas desilusões com os outros e consigo mesmas. Uma desilusão, assim como qualquer conteúdo emotivo, diz respeito ao que é chamado de Emoção em Filosofia Clinica. Um tópico específico para as questões relacionadas às vivências afetivas da pessoa. Pois bem, há pessoas que sofrem desilusões, mas o que algumas delas estranham é a frequência com que isso acontece. Para algumas pessoas a desilusão é quase que uma rotina.
Num consultório filosófico diversas vezes se recebe pessoas que sofrem de profundas desilusões com os outros e consigo mesmas. Uma desilusão, assim como qualquer conteúdo emotivo, diz respeito ao que é chamado de Emoção em Filosofia Clinica. Um tópico específico para as questões relacionadas às vivências afetivas da pessoa. Pois bem, há pessoas que sofrem desilusões, mas o que algumas delas estranham é a frequência com que isso acontece. Para algumas pessoas a desilusão é quase que uma rotina.
Diante desse tipo de queixa, o filósofo vai investigar na história de vida da pessoa o que acontece a ela que faz com que desilusões sejam assim tão rotineiras. Um dos casos que acontece é uma confusão entre amor e dependência, ou seja, a pessoa trata por amor a dependência que o outro tem dela ou que ela tem do outro. Outro exemplo que acontece é o de mulheres ou homens que se relacionam com o outro quando este outro está sofrendo. Uma menina acaba de sair de um relacionamento, está carente, depende de um ombro amigo para se recuperar. Ela pode ver nesse ombro amigo o amor, mas logo que se recupera do antigo e real amor, e provavelmente o ombro ficará para trás. Não há nada de mais, o ombro que ela procurou era só para se recuperar mesmo, ela nunca disse que ia manter um relacionamento. Provavelmente a pessoa que cedeu o ombro é que entendeu errado.
Há também o caso de pessoas que são carinho-dependentes, ou seja, elas se enamoram de pessoas que dispensam toda atenção para elas. No entanto, quando essa atenção diminui ou elas acham que já não é o suficiente, muitas vezes vão procurar em outros lugares. Também é o caso de relacionamentos que começam porque um quer salvar o outro. É o caso daquele menino que vê a dura situação de vida da menina, se compadece de seu sofrimento, inicia um relacionamento com ela. Ela se apaixona por ele, mas ao longo do relacionamento ele muda a situação de vida dela e logo ela se torna independente. Aos poucos o “amor” dele acaba e ele vai em direção a outro relacionamento, provavelmente de mesma natureza.
A dependência pode estar em muitos relacionamentos, mas quando esta é separada do amor, quando a necessidade passa, o relacionamento pode terminar. Por meio da mídia televisiva podemos observar a quantidade de meninas que se relacionam com jogadores, homens famosos, porque elas dependem deles para se promover. Quando já caminham por si mesmas, o relacionamento fica para trás. O problema é que em muitos casos a necessidade aumenta e a pessoa passa a depender cada vez mais do outro para chegar em algum lugar. Há muitos relacionamentos que funcionam muito bem com base na dependência, em muitos deles há também o amor. Mas, para pessoas que precisam de mais do que dependência, verifiquem se o outro com quem você está não é apenas fonte de algo que você precisa. O contrário também pode acontecer.
Por Rosemiro A. Sefstrom
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