Comentário de Max Gehringer para a rádio CBN sobre uma ouvinte que foi criticada na empresa depois de apontar erros de português nas comunicações internas:
"Eu sempre encontro muitos erros gramaticais nas comunicações internas da empresa em que trabalho. Por isso, enviei um e-mail muito educado para a coordenadora de marketing, que é, em minha empresa, a área que mais assassina o português. A reação dela foi desproporcional à minha boa intenção. Ela respondeu com um e-mail mal criado, com várias cópias, incluindo uma para o meu chefe. E todos chegaram à conclusão de que eu havia me intrometido em algo que não tinha relação direta nem com o meu trabalho, nem com o negócio da empresa. Diplomaticamente eu me desculpei com todos, mas estou magoada. E pergunto se agi tão errado assim?"
Bom, do ponto de vista profissional, sim. Imagino que as comunicações externas da sua empresa passem por um crivo mais acurado e que somente as mensagens do dia a dia contenham os erros que você aponta. E isso não influi nos resultados.
Já do ponto de vista de quem se preocupa em preservar a integridade da língua, você agiu certo. O problema é que hoje um aluno só aprende bem o português se tiver um interesse particular no assunto, porque as crianças são aprovadas mesmo escrevendo errado. E daí em diante, fica difícil consertar o estrago.
Se a sua empresa não faz um teste de português para admitir candidatos, ou se ela acredita que escrever corretamente não é importante, ou se ela se rendeu ao fato de que poucos candidatos seriam aprovados em um teste rigoroso, nem por isso você deve ficar magoada por ter tentado. Se não dá para você mudar o sistema, pelo menos não deixe o sistema mudar você.
Bom, do ponto de vista profissional, sim. Imagino que as comunicações externas da sua empresa passem por um crivo mais acurado e que somente as mensagens do dia a dia contenham os erros que você aponta. E isso não influi nos resultados.
Já do ponto de vista de quem se preocupa em preservar a integridade da língua, você agiu certo. O problema é que hoje um aluno só aprende bem o português se tiver um interesse particular no assunto, porque as crianças são aprovadas mesmo escrevendo errado. E daí em diante, fica difícil consertar o estrago.
Se a sua empresa não faz um teste de português para admitir candidatos, ou se ela acredita que escrever corretamente não é importante, ou se ela se rendeu ao fato de que poucos candidatos seriam aprovados em um teste rigoroso, nem por isso você deve ficar magoada por ter tentado. Se não dá para você mudar o sistema, pelo menos não deixe o sistema mudar você.
Por: Max Gehringer, para CBN - 27/11/2013.