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O objetivo deste blog é discutir idéias, expor pontos de vista. Perguntar mais do que responder, expressar mais do que reprimir, juntar mais do que espalhar. Se não conseguir contribuir, pelo menos provocar.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

TALVEZ

Querido leitor, hoje vamos filosofar no talvez. Palavra tão usada, tão importante em nosso cotidiano e, às vezes, mal interpretada. Hoje vou beber na fonte da Tradição Taoísta Chinesa para tentar discorrer sobre ela, o talvez.

Havia um camponês que morava em uma aldeia muito pobre no interior. Era considerado bem de vida porque possuía um cavalo que usava para arar a terra e como meio de transporte.

Um dia seu cavalo fugiu. Os seus vizinhos juntaram-se a ele e lamentaram o sucedido. “Má sorte!”, disseram. “Talvez”, respondeu o camponês. “Talvez”

Acontece que, no dia seguinte, o cavalo estava de volta, trazendo com ele seis cavalos selvagens. Os vizinhos exclamaram: “Isso é muita sorte!”. O aldeão respondeu: “Talvez”.

Passados alguns dias, quando tentava montar um desses cavalos selvagens, o seu único filho caiu e quebrou uma perna. E mais uma vez os seus vizinhos comentaram a sua má sorte. E ele, também mais uma vez, respondeu-lhes apenas com um talvez.

De fato, alguns dias depois apareceu na aldeia um grupo de oficiais que recrutava jovens para o exército e, por causa da perna quebrada, o filho do camponês foi rejeitado. Quando os vizinhos lhe vieram dizer como afinal tudo tinha acabado por correr de um modo tão afortunado para ele, o velho camponês respondeu-lhes do mesmo modo: “Talvez”.

Esta parábola oriental no mostra que nem tudo o que avaliamos ruim e triste hoje, pode não ser bom amanhã. E que o que desejamos agora como algo que acreditamos ser bom, pode não ser num futuro brevíssimo. Alguns afirmam ser essa a teoria do mal menor.

Tem um amigo que, inclusive, de vez em quando envia mensagens aos mais próximos finalizando dessa forma: “Que tu consigas alcançar tudo que desejas, desde que isso seja bom para ti.” Pode ser que sim, pode ser que não.

Lembrando que isso é assim para mim hoje.


Por: Beto Colombo - 30/10/2013


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