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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

THE VOICE E A POLÍTICA: TUDO A VER

Recebi este texto sobre o Programa The Voice Brasil e sua paridade com nosso sistema político. Achei ótimo! O  interessante é que o artigo foi postado por seu autor (Nicola Martins) uma semana antes da grande final do The Voice. Quer saber quem ele disse que ganharia? Bem, mais do que isso, Nicola faz uma análise bem fria de como o vencedor fez para chegar até o topo.
 
Para 2014, uma ótima reflexão para sabermos se realmente entendemos nossa democracia. Para mim, vale a pena a leitura!
 
André Topanotti
 
 
Ontem, enquanto assistia à semifinal do The Voice Brasil, parei para analisar o quanto o programa da Rede Globo é parecido com o sistema político brasileiro. Muito parecido mesmo e com possibilidades de analogias diversas. É difícil entender o mundo político partidário, eu sei disso, mas a partir do programa “global” fica muito mais fácil de compreender.
 
Vamos partir do início: imaginemos que cada um dos times (Carlinhos Brown, Claudia Leitte, Daniel e Lulu Santos) são partidos políticos. Podemos fazer essa analogia, porque são os grupos aos quais os cantores (pré-candidatos e políticos em potencial) estão buscando ingressar para que possam ter viabilidade de continuar na disputa para ser a Voz do Brasil (o eleito).
 
Os cantores, então, buscam conquistar o técnico. Se mais de um o quer, cabe aos técnicos seduzirem o cantor para seu time. O mesmo acontece na política. Quando mais de um partido quer o político em potencial, ele vai para quem o oferece melhor possibilidade de eleição ou identifica-se melhor ideologicamente. A ideologia podemos comparar com o ritmo ao qual o técnico é vinculado.
 
Enfim, o cantor (político) escolheu seu time (partido). Agora, chega a vez de disputar internamente uma das vagas para concorrer à eleição (grande final). Primeiro, as disputas são firmes e busca-se levar a melhor em cima dos companheiros de partido. Essa fase, podemos comparar com a etapa das Batalhas, quando um cantor enfrenta o outro na própria equipe.
 
Um dos cantores é eliminado, mas o técnico de outro time pode “pegá-lo” para sua equipe. Isso é o que mais acho engraçado, pois acontece exatamente isso na política. Se o político está ameaçado de não continuar na disputa pela Voz do Brasil (eleito), um outro time (partido) vai lá e o seduz (oferece vantagens) para que ele continue na disputa.
 
A disputa interna continua firme e bastante acirrada dentro dos times (partidos) para definição de apenas uma voz para concorrer à final (eleição). Muitas vezes o mais carismático ou o mais capaz não é escolhido, porque o cantor (candidato) precisa unir muitas qualidades numa só e ser comercialmente (eleitoralmente) interessante. Não adianta só ter voz, precisa ter carisma, capacidade, amizades importantes, ou seja, ser um artista completo (ter potencial eleitoral).

Enfim, chega-se à semifinal (convenções partidárias). Na semifinal, normalmente está tudo muito bem encaminhado para a escolha do finalista de cada um dos times (partidos), mas sempre há outro querendo a vaga. Mesmo assim, escolhe-se o finalista daquele time (o candidato).

Parte-se, então, para a eleição que, no The Voice Brasil, é a grande final, que acontece na próxima quinta-feira (26).

Em uma eleição, muitas vezes o eleitor já escolhe seus candidatos de acordo com a ideologia (ritmo musical) e muito antes das campanhas ou propagandas eleitorais. Poucos trocam de posição durante a campanha, mas isso pode acontecer.

Trazendo isso para o The Voice Brasil, analisemos a partir do que está proposto: Nenhum dos finalistas cantou (apresentou suas propostas), mas os eleitores já estão podendo votar em quem vencerá o programa (eleição). Ou seja, estão todos votando por carisma e pelo passado (apresentações anteriores) e não pelo que o cantor (candidato) ainda vai apresentar.

Na final, vencerá o que fez um bom conjunto da obra, que acho que será o Sam Alves.

Por que motivo acho que o Sam vencerá?

Escolheu bem seu partido, já que o time da Claudia Leitte é sempre mais fraquinho de concorrentes internos e ele apareceu melhor naquela equipe, além de ter uma ótima voz e carisma. Na etapa das batalhas internas encontrou apenas uma resistência, quando cantou Thousand Years com a Marcela Bueno, que foi para outro partido (Daniel) e incomodou.

Agora, na final, já mostrou que tem um potencial eleitoral muito bom e partidários (fãs) fieis e que moverão mundos para vê-lo eleito (a Voz do Brasil).

E sem falar que a voz do Sam (candidato) tem potencial eleitoral melhor que a própria líder do partido, a Claudia Leitte.

Enfim, o The Voice Brasil é um grande processo eleitoral. E aí, entenderam?


Por: NIcola Martins - Sexta - 20/12/2013
Fonte: http://www.nicolamartins.com.br/2013/12/the-voice-e-o-sistema-politico.html

 

 
 
 

 


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