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O objetivo deste blog é discutir idéias, expor pontos de vista. Perguntar mais do que responder, expressar mais do que reprimir, juntar mais do que espalhar. Se não conseguir contribuir, pelo menos provocar.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

TRABALHE NO PARAÍSO: TEMOS VAGAS!

 
Transcrição do comentário de Max Gehringer para a rádio CBN sobre como os anúncios de emprego são parecidos com anúncios publicitários: Um ouvinte pergunta: "Por que as empresas não dizem a verdade em relação ao que vai acontecer depois que o candidato contratado? Nos três empregos que tive até agora, precisei responder em entrevistas à perguntas sobre a minha habilidade para me relacionar bem, trabalhar em equipe, ser pontual e cumprir metas. Após ser contratado, fiquei com a impressão de que os entrevistadores eram surdos, porque se não fossem, eu teria sido rejeitado. Numa das empresas, tremendamente desorganizada, gastei cinco minutos para provar ao entrevistador que eu era organizado. Em outra, o tópico sobre relacionamento interpessoal consumiu um terço da entrevista e a empresa parecia um ninho de cascavéis. Não tem algo errado nisso?"

Tem, é claro. Mas pense o seguinte: se você visse um anúncio de emprego que dissesse: "Procuramos um profissional disposto a trabalhar como se não precisasse comer, nem dormir, que escute as maiores barbaridades dos chefes sem reclamar, que abra o olho porque os colegas tentarão lhe puxar o tapete, e que concorde em ganhar um salário que nem de longe irá amenizar a pressão e os constrangimentos." Você mandaria um currículo para uma vaga assim? Nem você, nem ninguém.

Talvez você esteja exagerando um pouco, mas não há como discordar que empresas não se diferem dos produtos que vemos em anúncios de televisão. Ambos mostram somente a perfeição que gostariam de ter, evitando mostrar as imperfeições que têm. Por isso, console-se, pensando que as empresas só conseguirão elevar o nível se contratarem candidatos quase perfeitos. Como, por exemplo, você.

 
Max Gehringer, para CBN em 12/12/2013.

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