Eu adoraria dizer que é
maturidade, mas é preguiça mesmo. Uma falta de vontade crônica que os mais
precipitados julgariam depressão. Não! Estou convencida de que é minha
baianidade concentrada e saindo pelos poros… devagar para não cansar, claro!
Curioso? Calma, não se apresse. Ouvi dizer que stress dá câncer!
Já tem um tempo. Começou com
silêncio imperioso num momento em que meu natural seria falar. Depois uma briga
que não houve pela simples falta de vontade de argumentar. De pouco a pouco
aquela pessoa que dava tudo para entrar (e ganhar) a discussão foi deixando pra
lá esta gana de ter razão. Guardo minha certeza no cantinho dela enquanto
contemplo meu interlocutor vociferar. Ele vai sumindo naquele embaçar que
preenche os olhos de quem tem o cérebro a desligar e viajar. O sobressalto e a
pausa dão o tom de final, a deixa para minha suposta réplica, tréplica… em que
parte mesmo estávamos?
Aí um sorriso plácido esboço
e um aceno calmo evoco para acabar logo com aquilo. “Ok, você tem razão”, seria
um bom ponto final, mas é incrível como as pessoas não se contentam com a paz.
Querem sangue. Mas ando com preguiça. Já fui mais de querer toda razão e não me
dava por satisfeita até que minha soberania não reconhecida fosse. Hoje, só
quero ser feliz e ter sossego, sem convencer de nada, ninguém. Será que estou
adoecendo? Sinceramente? É só preguiça mesmo. Acho que estou é envelhecendo.
Por Fabiana Bertotti - 13/07/2013
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