O mercado brasileiro está tão aquecido que tem profissionais de outros países buscando oportunidades aqui. Foi o que revelou o levantamento feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que aponta que 70.524 mil profissionais estrangeiros foram autorizados a trabalhar no país em 2011. A quantidade de autorizações foi 25,9% maior em relação às 56.006 concedidas em 2010. “Esses profissionais vêm para cá porque sabem que as empresas recrutam trabalhadores de outras nações por causa do déficit de mão de obra qualificada que existe no Brasil”, afirma Márcia Almström, diretora de Recursos Humanos da Manpower Brasil.
Ainda de acordo com a pesquisa, mais da metade das 66 mil autorizações temporárias concedidas em 2011 referiam-se a profissionais com nível superior completo. “Engenheiros, executivos seniores, gerentes, professores e técnicos são os cargos que mais exigem a busca de profissionais além das fronteiras para diminuir a escassez”, diz Márcia.
Mas será que a vinda dos estrangeiros acirra mais a corrida pela melhor oportunidade de trabalho? Segundo Márcia, o profissional brasileiro que tem uma boa qualificação técnica não deve se preocupar muito com os candidatos de outros países, em geral. “As empresas preferem os trabalhadores nacionais porque não precisam se preocupar com a regularização de documentos e muito menos investir na adaptação cultural desses profissionais.”
Disputa acirrada – Quando o assunto são os cargos de liderança, no entanto, a disputa aumenta, como mostra a pesquisa feita pela Manpower que aponta que 40% dos empregadores brasileiros têm mais de um trabalhador expatriado no nível gerencial. “Os profissionais nacionais ganham vantagem nos recrutamentos para esses cargos também, mas é importante expandir o seu conhecimento sobre o comércio global em que atua porque as empresas buscam gerentes que tenham uma visão de mercado internacional para garantir maior competitividade e desenvolvimento para os negócios da companhia”, diz a diretora.
Preparado para a competição – Seja para qualquer área ou nível, a dica é estar preparado para as oportunidades do mercado de trabalho. Segundo Juliano Ballarotti, gerente das áreas de expertise Hays Engineering, Hays Logistics, Hays Procurement e Hays Construction & Property, a primeira recomendação é investir na qualificação técnica para agarrar uma boa oportunidade. “Não se contente apenas com a faculdade ou pós-graduação. Faça cursos complementares na sua área de formação para expandir seus conhecimentos e se destacar no ambiente corporativo.”
Fluência em idiomas – Não é mais novidade para ninguém que ter conhecimentos em outras línguas auxilia no desenvolvimento da carreira. Quando o assunto é concorrência internacional, então, esse requisito tem peso dobrado. “Os estrangeiros que vêm para o Brasil, geralmente, já têm noções intermediárias da Língua Portuguesa. Levando em consideração que esse profissional é fluente no idioma dele, imagina-se que ele sabe se comunicar pelo menos em duas línguas. Portanto, a dica é investir em um idioma até o nível avançado do que estudar um pouco de cada”, diz ele.
Diferencial brasileiro – Já que o povo brasileiro é conhecido pelo jeito comunicativo, receptível e alegre por que não aproveitar essas características para ganhar pontos positivos no ambiente corporativo? “Mostre que você tem competências comportamentais, como por exemplo, capacidade para trabalhar em equipe, otimismo, ética, foco em resultado e assertividade.”
Acredite em você – Não pense que não tem chances de concorrer de igual pra igual com um estrangeiro. “No processo seletivo o que conta é o perfil comportamental e não a nacionalidade do profissional. Confiar no seu potencial ajuda, e muito, na disputa por uma vaga”, diz Juliano.
Por Mariana Fonseca - terça-feira, 12 de junho de 2012
Ola Andre
ResponderExcluirSegundo Domenico o Brasil chegou numa fase em que ao invés dos brasileiros procurarem emprego no estrangeiro, eles estão envestindo no nosso pais, e quem diria oportunizando a mão de obra para estrangeiros. Incrivel que não imagina que um dia estaria vivenciando esta nova era profissional...
Brasil esta enriquecendo...
Forte abraço
Realmente Kamila, estamos vivendo um momento muito bom em nosso país. A questão a fazer é se estamos aproveitando bem este momento, não somente para gerar riquezas materiais, como para evoluir enquanto nação. Acho este o ponto chave da questão.
ResponderExcluirObrigado por participar. Abraço!
André/Karina,
ResponderExcluirRealmente, com a atual crise mundial a tendência das empresas mais fortes é de investir em países que não tem apresentado os efeitos negativos da crise. As taxas de desemprego tem subido e muito principalmente na Europa. No site da revista VEJA foi publicado que a taxa de desemprego na Espanha (País com pior taxa de desemprego entre os países que utilizam a moeda: Euro) atingiu mais de 24%.
Posso compartilhar a minha experiência dentro do mundo do Comércio Exterior, vejo muitas empresas passando dificuldades para vender devido a grande competitividade do mercado de hoje. O que eu mais tenho visto tambem são profissionais com experiência com dificuldades de arrumar emprego. Um colega, de Portugal me disse que no Brasil existem muitas oportunidades na visão geral dele. Conversando um pouco mais com ele sobre este assunto me supreendi quando o mesmo me disse que mesmo com 10 anos de experiência na area de Comércio Exterior, falando 4 linguas (Francês, Inglês, Português, Italiano e Espanhol), ele teve muita dificuldade de arrumar o emprego na empresa onde ele trabalha atualmente.
Sempre quando conversamos sobre economia ele elogia muito o Brasil e comenta que na Europa a situação está cada vez mais dificil. O Governo toma medidas para cortar gastos/custos e o trabalhador é quem perde com isso.
Tambem tenho colegas que vieram de Portugal que hoje trabalham em Criciúma e Içara. Sem contar os colegas da América Latina vindo para o Brasil buscando trabalho tambem!
Fugindo um pouco do assunto tenho receio em relação aos incentivos do Governo Brasileiro para aquecimento da economia. Será que não estamos cometendo os mesmos erros dos nossos colegas Europeus e Americanos cometeram no passado? Será que o super-aquecimento da economia Brasileira não pode ser um ponto negativo? Estamos vendo as classes C e D melhorando rendas e qualidade de vida, isso é bom.. claro! Mas será que isso não vai desequilibrar a economia em 20 anos - 25 anos, já que as classes A e B não estão no mesmo ritmo das classes C e D?
Tenho minhas duvidas!
Um grande abraço a todos e um bom final de semana!
Bom dia Jan
ResponderExcluirTambém concordo com você, e creio em uma "bolha" automobilistica logo logo. Plagiando um comercial de TV/Rádio da região: "Não compre carro agora, espere mais uns 4 ou 5 anos... você vai comprar carro de graça!"
Seria cômico se não fosse trágico. Tenho a percepção de que estamos vivendo um bom momento no país, porém perdendo a oportunidade de nos tornarmos uma NAÇÃO MELHOR, não apenas uma nação "rica".
Mas, sigamos firmes em nosso Caminho!
Um abraço, ótima semana!