
É isso que acontece com um pai que procura uma escola de inglês com um método super revolucionário que ensina o conteúdo em três meses. O mesmo acontece com a mãe que procura uma clínica que faça com que ela fique com o visual de menina de academia em dois meses. O pai também entra na roda quando compra o carro que permite a ele fazer trechos cada vez maiores em menos tempo. A criança entra na velocidade dos pais ao pedir o vídeo game último lançamento, mas que em seis meses já está ultrapassado pois o console novo é dez vezes mais rápido.
Mas como perceber se eu estou vivendo rápido demais? Alguns, muito provavelmente nem leem artigos tão longos, dizem que se pode dizer mais em menos linhas, é provável, pois estes mesmos querem viver mais em menos dias. São pessoas de vida resumida, sexo resumido, alimentação resumida, carinho resumido, onde o todo é muito longo e enfadonho. Para saber se estão indo rápido demais olhem para a velocidade do passo na rua: caminham rápido? É muito provável que estejam muito mais rápidos no pensamento, e o corpo tenta em vão acompanhar o pensamento. Você percebe o caminho entre sua casa e o trabalho? A estrada, os carros, as pessoas, a belíssima serra que é parte marcante de nossa paisagem? Posso ainda perguntar se tem feito caminhadas, é provável que diga que sim, mas falo de caminhadas a passos lentos, sentindo o friozinho do inverno, ouvindo o cantar dos pássaros. Este tipo, provavelmente não.

Para que isso não lhe aconteça preste atenção ao seu limite de velocidade: se estiver sendo imediatista, pode ser que seu limite tenha chegado. Ao observar o mundo se vai perceber que entre um bom inverno e o verão há a bela primavera. Se pulássemos direto do inverno para o verão perderíamos toda a beleza das flores.
Por Rosemiro A. Sefstrom - 26/06/2013 - Criciúma/SC
Fonte:http://www.filosofiaclinicasc.com.br/artigo/imediatismo-199
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