Hoje separei um texto de Jack DelaVega que em contrapõeo boa parte das opiniões que recebo sobre a Geração "Y" e o conflito com os Baby-Boomers e Geração "X". Meu pensamento como gestor de pessoas e estudante de filosofia clínica é que precisamos cuidar com os "rótulos". Muito se julga pela aparência ou por um conceito pré-concebido de outros. Daí, às vezes, é mais fácil repetir o discurso mais utilizado para ficar do lado da maioria do que se posicionar com autenticidade. Como diria um provérbio popular: "Quem vê cara, não vê coração". Para alguns até pode ser assim, mas na minha opinião, é bom sempre conhecer melhor antes de se enganar. Para mim, vale a pena tentar.
Forte abraço!
André Topanotti
Muito se fala do tal conflito de gerações, a diferença entre valores dos Baby-Boomers, os Geração X e a atual Geração Y. Eu tenho uma opinião clara sobre isso: Pura Besteira! Dia desses estava lendo um artigo no Estadão sobre a Geração Y que descrevia o que esses profissionais mais levam em conta na hora de escolher uma empresa para trabalhar. Segue a lista abaixo, não necessariamente em ordem de prioridade:
- Ambiente de trabalho agradável
- Qualidade de vida
- Crescimento profissional
- Boa imagem no mercado
- Desenvolvimento profissional
- Desenvolvimento profissional
Sério? Isso é o que a Geração Y quer? Eles e toda a torcida do Flamengo. Quem não quer, afinal, trabalhar em uma empresa com essas características? Se nada disso é novidade, onde está a razão de tal conflito? O que faz com que exista um problema de comunicação entre a geração Y e os profissionais de gerações anteriores?
Expectativas, tudo não passa de gerenciamento de expectativas. Se todos buscam trabalho em empresas com características acima descritas, também é notório que ainda são poucas as que de fato isso oferecem. Colocado de forma nua e crua, o conflito de gerações nada mais é do que um conflito entre os que anseiam uma empresa melhor e os que já se acomodaram com a empresa que tem. Melhor dito: É um conflito entre os que querem mudar, mas não sabem como, e os que sabem como mudar mas não querem.
Simples assim.
Claro, não sou ingênuo a ponto de pensar que todas as organizações são capazes de fazer essa transformação e oferecerem as condições de trabalho desejadas pelas novas gerações. E, certamente, levam vantagem as que já nasceram com esses valores no seu DNA. Mas, o destino daquelas que não conseguirem mudar me parece claro: Estarão fadadas ao esquecimento ou a mediocridade, o que vier primeiro.
Essa é a má notícia.
A boa notícia é que o "conflito" de gerações é também uma tremenda oportunidade, e falo disso por experiência própria. Cada vez que eu converso com um Y me olho em um espelho que reflete o passado. Vejo a paixão, aquela faísca, a certeza de que ainda posso mudar o mundo. Isso me revigora como profissional e me relembra constantemente a razão de estar aqui. Vejo também a ansiedade, às vezes, a truculência, características que também me recordam do jovem Jack. Mas, é justamente aí que posso ajudar.
Tenho certeza de que o papel das gerações anteriores é desenvolver e incentivar as novas gerações, para que eles se tornem agentes mais efetivos de mudança. Juntos, X, Y e Baby Boomers formam uma tríplice imbatível para as empresas que souberem aproveitar o melhor de cada geração, com vistas a construção de um objetivo comum e, quem sabe, um futuro melhor.
Por: Jack DelaVega
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