Olá...
Forte abraço!
André Topanotti
Beto Colombo: Querido leitor, você
provavelmente já ouviu falar, muitas vezes, que o animal que mais demora para
amadurecer é o ser humano. É claro que esse amadurecimento envolve todo um
processo que abrange o sistema nervoso central, ou seja, as questões
neurológicas. Também não podemos deixar de trazer as questões físicas e até as
emocionais. E é nessa parte, no amadurecimento emocional do ser humano, que
quero me ater hoje.
A primeira pergunta a
ser feita é: quantos anos você tem? A resposta não deve considerar idade
cronológica nesta existência, que compreende, para alguns, desde o momento da
sua geração até os dias de hoje. Essa conta é muito fácil de ser respondida,
para chegar ao número basta conhecer um pouquinho de matemática.
Falo da idade emocional.
Refiro-me da capacidade de enfrentar os “não” nossos de cada dia, de enfrentar
o sentimento de desprezo em determinadas situações e locais, da capacidade de
administrar perdas, sejam elas de namorada ou namorado, de emprego, de uma nota
baixa na escola, ou até uma negativa do pai de emprestar o carro. Enfim,
atenho-me aos momentos em que a vida nos exige habilidades para enfrentar os
fatos e, quando imaturos, acabamos por cometer erros e besteiras muitas vezes
impossíveis de serem consertadas.
Lembro-me de profissionais
com mestrado, doutorado e até PhD, referências em suas áreas, mas quando lhe
são exigidos algo mais sobre a vida, acocoram diante do desafio, paralisam
diante do inusitado e, como avestruz, escondem suas cabeças debaixo da terra. É
como se quebrassem a luz vermelha acesa no painel do carro, denunciando a
temperatura alta, ingenuamente querendo resolver a situação.
As organizações, a
sociedade, enfim, nossa sociedade está carente de pessoas grandes e maduras.
Para mim, não basta só crescer de tamanho, é fundamental nos desenvolvermos por
inteiro e o desenvolvimento da idade emocional de acordo com a idade
cronológica é fundamental para o ser humano. Parece-me que aprender matemática
tem sido mais fácil que aprender a conviver com semelhantes.
É assim como o mundo me
parece hoje. E você, o que pensa sobre idade emocional?
Artigo veiculado na Rádio Som Maior FM no dia 07/05/2012 e no Jornal A
Tribuna no dia 08/05/2012.

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