Olá
No exercício prático de procurar ver cada pessoa de uma maneira
especial, especifica e única me deparei dia destes olhando para a historia e
para o fundamento de algumas palavras, buscando achar o significado de tantas
contradições dentro do homem. No artigo 'Faca o que eu digo, faça o que ele faz'
que publiquei em 23/04/2012 iniciei esta analise abordando o tema pelo principio
da programação neuro-linguística (PNL). Ainda curioso sobre o assunto vasculhei
alguns rascunhos antigos, consultei colegas e amigos de estudo, fui ao 'santo
Google', livros e enfim, busquei fundamentar algumas percepções. Explico
melhor: Estou lendo o livro Cidade Antiga de Fustel de Coulanges, indicação de
meu colega da pós graduação em filosofia clínica, Aloysio Tiscoski, quando de
repente do meio do texto me salta aos olhos a palavra INDIVIDUO. Sabe aquele momento onde um
determinado código aparece meio escondido, mas em um discreto alto relevo para
o investigador nos filmes policiais? Foi assim que me senti naquele instante. E
o código me apareceu assim: IN-DIVI-DUO. Inquieto eu busquei confirmar a origem
e o significado desta palavra. Presumia ser grego ou latim, e o significado
acreditava ser “algo que não pode se
dividir em dois”. Mas a maneira como soou esta palavra me levou a uma reflexão
muito interessante e que precisava ir além do que me parecia óbvio.
No descortinar desta palavra eu vi outro
e possível significado, que dependendo do radical linguístico, poderia variar
pela posição do sul-fixo ou prefixo, como por exemplo, ocorre no inglês. Vi a
seguinte expressão: DUO (dois) IN (que não) DIVI (divide). Dois que não se dividem
ou duas naturezas que não se dividem que andam sempre juntas. Apesar de não chegar a confirmação desta expressão, para mim, naquele
momento ela me fez todo sentido. Temos duas naturezas dentro de nós e um dos grandes desafios
do homem sempre foi lidar com as contradições destas duas naturezas. De um lado
o desejo de praticar o bem, de outro o impulso e a facilidade de pender-se para
o mal, tudo segundo nossos pré conceitos. Na teoria o discurso maravilhoso da bondade, da paz, da sustentabilidade
e responsabilidade social, do ganha x ganha nas relações de negócios. Mas
quanto a prática? Quantas coisas ficam só no discurso? Será que esta é uma
atitude deliberada de quem discursa? Quantas vezes prometemos a nós mesmos, a
pessoa que amamos, ao chefe, que faremos diferente, que agiremos de outra
maneira a partir daquele dia, que largaremos o cigarro, que não tomaremos outro “porre”,
mas uma dezena de dias depois, nos pegamos novamente falhando onde sabemos que
não deveríamos falhar? Será porque a maioria de nós gosta de sofrer? Ou nossa pretensão
é ferir e decepcionar nossos queridos? Acho pouco provável, mas é só a minha opinião.
Mas porque “dois que não se dividem”? Qual o propósito de ser
assim? Porque temos que conviver com estes dilemas e estas posturas dúbias?
Certa vez ouvi uma história contada por Edith, missionária norueguesa onde em
um de seus estudos nos contou de que dentro da alma do homem havia dois cães em
luta. Na oportunidade ela nos perguntou: Vocês querem saber qual cão vai
ganhar? Algumas pessoas rapidamente balançaram a cabeça de forma positiva. Aquele que você
alimentar mais, disse a missionária. Depois outras vezes mais ouvi esta ‘parábola
contemporânea’, sempre remetendo a luta destes dois cães, onde um precisa
ganhar e o outro perder. Mas que seria do homem sem suas limitações? É quando lembro
uma passagem em que o apóstolo Paulo em suas orações pede a Deus que ele alivie
sua dor, tirando tal “espinho” de sua carne. Nesta expressão alguns estudiosos
entendem que Paulo se refere provavelmente a alguma limitação sua, na qual ele
mesmo se desaprova e pede para que Deus o ajude, removendo tal angústia ou “pecado”.
A resposta é muito intrigante. Deus em contrapartida responde a esta oração da
seguinte forma ao apóstolo: “Minha graça te basta. O poder se aperfeiçoa na
fraqueza”. Agora preciso voltar ao exemplo dos dois cães em luta: Penso que se
Deus nos desse a resposta feita pela missionária seu conteúdo seria no mínimo reformulado,
e talvez fosse algo assim: “Nenhum morrerá. Se você só alimentar um, o outro
ainda resistirá para que continue a alimentar o outro cão.” Indo ao início deste
artigo: Se pedíssemos para que Deus dividisse o mal e o bem de nossa natureza
humana, Ele ‘talvez’ nos diria: Estas duas naturezas não podem ser divididas. Não
pelo menos agora. Por enquanto, o homem precisa ser lembrado que todo dia ele
pode ser melhor, e quando ele não o for, fatalmente haverá outro dentro de si
que o fará ser e se sentir pior. Para mim, vale a pena ser melhor.
Tenha uma ótima semana! Forte abraço.
Por André Topanotti - Criciúma/SC - 14/05/2012
Sinceramente não acredito que um dos dois 'cães' irá morrer tambem. Mas sim, acredito que o cão que está mais bem-alimentado será aquele que terá mais força. Dito isso vou fazer um breve comentario sobre o espirito e a alma. Muitas pessoas confundem essas duas palavras e acreditam que são a mesma coisa, mas na realidade são duas coisas totalmente diferentes. Dificil de explicar, mas vou tentar. O nosso espírito é a nossa existência de vida, isso não significa que precisamos de um corpo para ter vida. O nosso espírito nasce dentro da barriga de nossas mães, é o sopro da vida que Deus nos dá. A alma por sua vez é uma coisa totalmente diferente. A palavra alma vem do latim - "animu" e significa "o que anima", ou seja.. a nossa alma é reflexo do nosso animo espiritual, a alma é reflexo de como estamos por dentro. Acredito muito na teoria de que constantemente lançamos energias ou vibrações positivas ou negativas para o universo e o universo lança energias sobre todos os seres humanos tambem. Mas o que isso tem a ver com a nossa alma? Tudo (Já vou chegar onde eu quero chegar). O nosso corpo é composto por infinitos átomos e dentro destes átomos temos prótons e elétrons, que constantemente vibram, afastando-se e chocando-se. Ao se afastar os prótons e neutros sedem um espaço onde outras vibrações de outras pessoas podem se infiltrar. Sabe quando certas pessoas chegam perto e conseguimos perceber se a pessoa está triste ou feliz mesmo sem trocar uma palavra ou sem perceber os gestos da linguagem corporal da pessoa? É isso! Mesmo sem se comunicar sentimos as vibrações positivas ou negativas que a pessoa transmite. É por isso que é possivel sentir se a alma da pessoa está "transbordando de alegria ou de tristeza." Se alimentarmos a nossa alma, ou o nosso animo de coisas, energias e pensamentos positivos.. iremos transbordar energias positivas. Funciona da mesma maneira se alimentarmos nossa alma de coisas ruins e negativas. E agora, a pergunta é: estamos alimentando a nossa alma de coisas ruins ou coisas boas? Qual dos "cães" que estamos alimentando? Hoje em dia precisamos ter muito cuidado para não deixar as mensagens negativas que vimos e recebemos chegar a nossa alma para que a nossa alma não se contamine com essas energias. Mas o fato é que não existe como deletar o cão que representa o mal. O que podemos fazer é evitar de alimentar esse cão para que ele não ganhe força e seja superior que o cão que representa o bem.
ResponderExcluirGente, lembrando que esta é minha opinião. Estou aberto para comentarios. Obrigado!
Jan, muito legal seu comentário. Se entendi está alinhado ao que propus neste artigo, é claro com uma riqueza a mais de conhecimento linguistico e científico. Muito bom!
ResponderExcluirObrigado por participar e continue acompanhando meus artigos.
Considerações como a sua enriquecem a discussão.
Forte abraço!
Parabens..
ResponderExcluirObrigado. Continue acompanhando estes artigos no blog.
ResponderExcluirAbraço!
OBRIGADA
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