
Sim. Antes das redes sociais, as empresas ligavam para profissionais que haviam trabalhado com um candidato para conseguir informações sobre ele. Nessa conversa, além das óbvias perguntas sobre resultados práticos obtidos, o representante da empresa gastava um bom tempo tentando descobrir qual era o comportamento do candidato: se ele era muito crítico, se reclamava demais, se ajudava a quem precisava, coisas assim. O advento das redes sociais permitiu que as empresas pudessem buscar muitas dessas informações diretamente na fonte, através das palavras dos próprios candidatos.
Não sei exatamente o que a nossa ouvinte postou, mas há empresas que são refratárias a que seus funcionários usem as redes sociais para contar coisas que se passam dentro da empresa. Logo, a decisão é a de não contratar quem já faz algo assim.
Não estou dizendo que empresas estão certas ou erradas, ao agir dessa forma. Mas, da mesma maneira que a manifestação nas redes sociais é livre, também é verdade que cada empresa pode estabelecer seus próprios critérios para selecionar candidatos. E um deles é o de bisbilhotar as redes sociais nas quais um candidato pode revelar muitas coisas que não diria em uma entrevista.
Max Gehringer, para CBN - 17/07/2013.
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