Transcrição do comentário de Max Gehringer para a rádio CBN do dia 23/07/2013: Um ouvinte conta uma história lancinante. "Meu gerente era um amigo meu de longa data", ele escreve. "Nós nos conhecíamos muito antes de entrarmos na empresa. Um dia, o meu diretor me chamou para conversar e me comunicou que meu amigo gerente seria demitido e que eu seria promovido para o lugar dele. O diretor me pediu sigilo absoluto e eu acatei a ordem. Uma semana depois, meu amigo foi demitido e eu fui anunciado como seu substituto.
E aí aconteceu o que eu temia: meu amigo me acusou de ser traíra, por não ter contado a ele o que eu sabia. E ainda me disse que eu deveria ter recusado a promoção, em nome da nossa amizade. Eu creio que fiz o que era correto fazer dentro das circunstâncias, mas gostaria de saber a sua opinião."
Bom, não existe uma resposta definitiva para um caso desses, porque cada um pode ter a sua própria opinião sobre a zona cinzenta em que o profissionalismo e a amizade se misturam e se confundem.
Mas posso lhe dizer o que eu faria. Sem dúvida, eu teria contado a meu amigo. Haveria um risco: o de ele ir falar com o diretor antes da demissão e me prejudicar. Mas eu esperaria que ele fosse tão meu amigo ao ficar calado, quanto eu fui amigo dele ao contar. Quanto à segunda parte, de recusar a promoção, eu não recusaria. Pelo simples motivo de que isso não iria impedir a demissão do meu amigo.
Porém, entendo que nenhuma decisão seria inteiramente satisfatória, tanto que o nosso ouvinte se comportou de modo extremamente profissional, embora não tenha sido extremamente amigo. Aí cabe a cada um pesar, com cuidado, o quanto preza um amigo e o quanto vale um passo importante na carreira.
E aí aconteceu o que eu temia: meu amigo me acusou de ser traíra, por não ter contado a ele o que eu sabia. E ainda me disse que eu deveria ter recusado a promoção, em nome da nossa amizade. Eu creio que fiz o que era correto fazer dentro das circunstâncias, mas gostaria de saber a sua opinião."
Bom, não existe uma resposta definitiva para um caso desses, porque cada um pode ter a sua própria opinião sobre a zona cinzenta em que o profissionalismo e a amizade se misturam e se confundem.
Mas posso lhe dizer o que eu faria. Sem dúvida, eu teria contado a meu amigo. Haveria um risco: o de ele ir falar com o diretor antes da demissão e me prejudicar. Mas eu esperaria que ele fosse tão meu amigo ao ficar calado, quanto eu fui amigo dele ao contar. Quanto à segunda parte, de recusar a promoção, eu não recusaria. Pelo simples motivo de que isso não iria impedir a demissão do meu amigo.
Porém, entendo que nenhuma decisão seria inteiramente satisfatória, tanto que o nosso ouvinte se comportou de modo extremamente profissional, embora não tenha sido extremamente amigo. Aí cabe a cada um pesar, com cuidado, o quanto preza um amigo e o quanto vale um passo importante na carreira.
Max Gehringer, para CBN - 23/07/2013.
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