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quarta-feira, 31 de julho de 2013

BASF FREIA CRESCIMENTO DE TINTAS

A Basf - líder em tintas imobiliárias no Brasil com a marca Suvinil - pretende frear o crescimento das vendas do segmento no segundo semestre com o objetivo de evitar queda de rentabilidade. A empresa tem 65% de suas matérias-primas indexadas em dólar, o que faz com que, num cenário de câmbio desfavorável, expansão signifique aumento de custos e pressão sobre as margens. "Ganhar participação de mercado agora não é sinônimo de ganhar dinheiro", disse ao Valor o vice-presidente sênior da empresa para a América do Sul, Antonio Carlos Lacerda. No primeiro semestre, as vendas de tintas imobiliárias da Basf cresceram entre 3% e 4% em volume, patamar esperado, no início do ano, para o acumulado de 2013. Atualmente, conforme Lacerda, a intenção é vender o mesmo volume do ano passado. A expectativa é que o faturamento aumente, mas impulsionado pela alta de preços ocorrida em 2012. Até junho, o faturamento cresceu entre 7% e 8%.

De acordo com o executivo, no primeiro semestre a Basf conseguiu manter as margens do segmento de tintas imobiliárias por ter tomado medidas como a redução de custos, com corte de 8% do quadro de pessoal. Para se proteger da alta do dólar, a empresa aumentou, ao longo dos últimos quatro meses, seu estoque de matérias-primas em 60 dias.

O início da atuação da Suvinil, tinta tradicional do segmento premium, na linha standard, ou seja, intermediária, de tintas imobiliárias no fim do ano passado também contribuiu para que a rentabilidade não caísse. No segmento econômico, a empresa atua com a marca Glasurit. As medidas que já vêm sendo tomadas vão assegurar as margens até o terceiro trimestre, conforme o executivo. O que será feito para evitar queda de rentabilidade no quarto trimestre dependerá do comportamento do dólar, que, na avaliação de Lacerda, continuará a se valorizar.

Outro fator que pode pressionar as margens, no quarto trimestre, é o dissídio, que ocorrerá em novembro. Conforme Lacerda, "Agora, não dá mais para haver ganho real", diz. Em relação à demanda por tintas, Lacerda conta que o mercado está muito "volátil", sem que as revendas - principais clientes da empresa no segmento - tenham previsibilidade em relação à comercialização. "O consumidor final está muito cauteloso. Há semanas ótimas e semanas horríveis para as revendas", diz o executivo. Cerca de 80% das vendas de tintas imobiliárias da Basf são destinadas a reformas.

"Tenho 30 anos de vida profissional, sendo 15 anos como executivo. Talvez, este seja o ano mais difícil. A previsibilidade é nula", afirma. Lacerda diz esperar que as turbulências no cenário econômico atual ainda perdurem pelo prazo de 12 a 18 meses.

No primeiro semestre, o mercado brasileiro de tintas imobiliárias encolheu 3% em volume ante o mesmo período do ano passado, de acordo com Lacerda, que também é presidente do conselho da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). As vendas do segmento premium caíram 15%, as do econômico tiveram queda de 18%, enquanto as do standard aumentaram entre 35% e 40%. Segundo ele, as incertezas da economia resultaram em mudança de parte das compras do segmento premium para o intermediário. "As pessoas continuam se preocupando com rentabilidade, mas têm mais tolerância", afirma.

A Basf tem 29% de participação do mercado de tintas imobiliárias em volume e 40% em valor, de acordo com o executivo.


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